Monday, September 14, 2015

Série Fotográfica "Espíritos de pedra" | "Espíritos de Pedra" Photographic Series

Pombeiro é uma das mais antigas instituições monacais do território português, estando documentada desde 853. Do primitivo estabelecimento nenhum elemento material foi, até ao momento, identificado, mas tratava-se, com grande probabilidade, de um edifício modesto, eventualmente vinculado à autoridade asturiana e localizado no lugar do Sobrado, medievalmente designado por Columbino.
A génese do edifício actual conhece-se a partir de D. Fernando, o Magno. Um pouco antes, em 1041 (GRAF, 1986, vol.2, p.40) o mosteiro foi transferido para o actual local, aqui se levantando um primeiro conjunto edificado a partir de 1059. Desse monumento também nada chegou até nós, mas foi no período condal que se estabeleceram as bases do grande mosteiro baixo-medieval, nomeadamente a partir da doação de D. Egas Gomes de Sousa (em 1102) e da carta de couto de D. Teresa (de 1112).
O projecto românico arrancou algumas décadas depois, sob o impulso dos Beneditinos (e da importante família dos Sousões de Ribavizela), que aqui deixaram a sua marca na tipologia da igreja, que segue fielmente a planimetria dos grandes mosteiros da ordem: corpo tripartido de quatro tramos, com cobertura de madeira, transepto não saliente e cabeceira abobadada e tripartida, de perfil escalonado, de testeira circular e com capela-mor mais ampla que os absidíolos. A sua datação deve colocar-se ao longo da segunda metade do século XII (IDEM, p.40) ou, já, das primeiras décadas do século seguinte (ALMEIDA, 2001, p.113). De acordo com Jorge Rodrigues, no exterior da face Sul do transepto conserva-se uma inscrição de 1199, que refere D. Gonçalo de Sousa (o suposto fundador da obra românica) (RODRIGUES, 1995, p.241), pelo que é de supor que, por essa altura, o ritmo dos trabalhos estivesse neste ponto.
Tal facto contextualiza-se com as características do portal axial, vincadamente do século XIII. Perdida grande parte da campanha românica, pelas múltiplas alterações posteriores, o portal é o principal elemento remanescente desse período. A análise estilística que foi efectuada desta parcela confirma a sua datação tardia, de que são características as formas vegetalistas exuberantes e irregulares (aqui tratadas com grande carácter inventivo) ou os antigos temas de meados do século XII recuperados com uma nova estética, a mesma que se encontra em Paço de Ferreira (GRAF, 1986, vol.2, p.41) e no chamado Românico Nacionalizado do século XIII.
Terminadas as obras na fachada principal (de que se salienta também a ampla rosácea, semelhante às de Roriz ou de Paço de Sousa), adossou-se à frontaria uma galilé de três naves, que terá servido de local de enterramento para grandes nomes da Nobreza fundiária do Entre-Douro-e-Minho. Das tumulações aqui efectuadas, restam dois túmulos românicos, actualmente no interior do corpo do templo e atribuídos a um desconhecido nobre da família dos Lima e a D. João Afonso de Albuquerque (BARROCA, 1987, p.460).


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The first reference to a monastery or religious institution came from a papel brief to Pope Leo IV (in 853). Its founding would not occur until 13 July 1059 by Dom Gomes Aciegas, and completed 1102; the remains of this original construction are two small chapels (below the main altar), the mail entrance door and the four fortified arches. It is still unclear on the precise period that monastery and church was founded. Ferdinand I of Castile granted the proprietoriship of the convent to his nephew D. Gomes de Cela Nova (progenitor of the Sousa family). From the Sousas, the monastery passed to the Melos and Sampaios (later under the protection of the Barbosa clan until the 11th century), represented by the Baron of Pombeiro de Ribavizela. At the time the abbot of Pombeiro functioned as the head almoner for the Kingdom, when the King travelled north of the Douro and ombudsman of the Count of Pombeiro.
In 1112, under Queen Teresa, the monastery was off-limits to most of its citizens, including the church. Afonso I of Portugal provided privileges and patronage in 1155 to the monastery and its prelate Gonçalo de Sousa. The abbot (Gonçalo de Sousa) would initiate remodelling and renovations in 1199. The monastery continued to be favoured by the monarchy, and throughout the 12th century a number of reliquaries were deposited in the altars of the Church.
In 1234, the monastery traded lands with the Monastery of São Miguel de Refojos de Basto, in Cabeceiras de Basto. During this time, new renovations were made to the eastern portico and rose-window, with assistance from the patronage of the Sousa family, who also selected the porch for their burial tombs: on 10 March 1242, Vasco Mendes de Sousa (son of Conde Mendo de Sousa and Maria Rodrigues) was buried in this tomb.
By 1272, a second generation of public works were completed in the Church façade, under the direction of D. Rodrigo.
In the second-half of the 16th century, the abbot António de Mello order the execution of improvements to the church.
By 1578, the monastery's porch continued to exist, but now badly damaged, and as friar João de S. Tomás later noted: "there were, by order, coats-or-arms erected to identify the anciente nobility there buried, that there would serve as judge". On 6 March 1586, the monastery's rich patrimony was taken by King Philip I of Portugal and transferred to the Jerónimos Monastery. But, this did not limit the growth of the church and monastery, as major projects continued between the 16th and 18th century, with Jerónimo Luís being the principal contractor in 1600 constructing the two exterior towers.












Wednesday, July 1, 2015

Workshop de 3D com MODO

Entre 13 e 17 de julho vou dar um Workshop de 3D com o software MODO nas instalações da ESAP-Guimarães.

Para mais informações e inscrições acedam ao link: http://www.esap-gmr.com/noticias_detail.php?id=200


Friday, May 22, 2015

Mapa histórico e temático | Historical and thematic maps

A edição da Braga Romana 2015 implementou em toda a área do evento dois mapas impressos em grande formato, um roteiro da cidade romana e outro do próprio evento.

Deste modo procurou-se optimizar a informação visual sobre a cidade romana, através de um mapa temático que alude a alguns locais da antiga cidade, e também através de um outro mapa do evento "Braga Romana", para que todos os visitantes possam ter uma noção mais concreta da área onde decorre o evento.

Mapa/roteiro de Bracara Augusta.

Mapa/roteiro do evento Braga Romana.

Tuesday, May 19, 2015

Braga no século XVI - Maqueta 3D

Está actualmente em desenvolvimento este ambicioso trabalho de reconstituição da cidade de Braga no século XVI. Este trabalho servirá de base para uma impressão 3D da cidade conforme se encontra representada no mapa de Braunio de 1594. A maqueta fará parte de uma exposição sobre a cidade de Braga e estará disponível ao público até ao fim do ano de 2015 juntamente com outras representações da cidade através de ilustração tradicional.

I'm developing this ambitious reconstruction of Braga (Portugal) in the 16th century. This work will be the basis for a 3D print of the city as it is represented in Braunio's map of 1594. The 3D model will be part of a future exhibition of the city of Braga and will be available to the public until the end of 2015 along other representations of the city through traditional illustration.





Monday, May 18, 2015

MASCOTE BRAGA ROMANA

A edição da Braga Romana 2015 tem ainda outra novidade! A mascote oficial do evento que certamente irá animar e atrair os mais pequenos!

A mascote terá uma preponderância acrescida na zona dos recursos educativos, área destinada aos mais jovens a partir da qual aprendem a história, costumes e jogos da civilização romana.

A mascote representa um "oficial" do exército romano trajado a rigor, com a sua típica armadura musculada e o elmo com crista. O "gládio" representa um lápis, um objecto que pode ser conotado com o stilus, o objecto que servia para escrever na Roma antiga, aludindo que é a partir do lápis que começa a aprendizagem através da escrita. Esta personagem também pretendeu ter a conotação de líder, com a qual os mais jovens podem e devem seguir para aprender.

A mascote foi desenhada em várias posições e atitudes para que possa ser apresentada em diversos suportes informativos ou de divulgação, e ainda para que possa ser construída uma mascote real a partir dos desenhos.








LOGÓTIPO BRAGA ROMANA

A dois dias do início da Braga Romana 2015, venho partilhar o logótipo das festividades romanas que anualmente animam a cidade de Braga.

A nova versão do logótipo oficial do evento foi redesenhada a partir de uma estatueta em bronze de época romana que representa a personificação da cidade.

Esta nova versão apresenta a estatueta com um desenho muito mais depurado face à versão anterior e apresenta no conjunto uma qualidade gráfica superior, ajudando a transmitir uma imagem institucional e ao mesmo tempo ajustada às necessidades festivas que caracterizam a Braga Romana.



O logótipo oficial foi desenvolvido em três versões para que se possa adequar às exigências de aplicação que virão a ser feitas, nomeadamente em material impresso, bandeiras, merchandising, etc.



Monday, May 11, 2015

Maratona do 1º Simpósio de Arqueologia Virtual

Durante o 1º Simpósio de Arqueologia Virtual realizado entre os dias 6 e 10 de Maio de 2015, em Montemor-o-Novo, foi realizada uma Maratona de Arqueologia Virtual que consistiu em reconstituir as ruínas de uma adega do século XVI que se encontram no interior do castelo.

A maratona foi realizada nos dias 7 e 8 e os resultados foram surpreendentes, graças à intensa e fraterna colaboração dos profissionais que fizeram parte desta corrida. Foi uma prova de grande altruísmo onde todos os profissionais demonstraram uma grande entrega e colaboração para o mesmo fim, ou seja, conseguir o melhor resultado possível em apenas 2 dias, pondo de lado o Ego que caracteriza muitas vezes a arqueologia.

Aproveito desde já para agradecer ao Carlos Carpetudo (Cromeleque) e à restante organização (Morbase) o convite que me fizeram para participar nesta fantástica e inesquecível experiência.

O resultado da maratona que pode ser observado nas imagens abaixo só foi possível graças ao intenso trabalho de todos:

- Carlos Carpetudo
- Gonçalo Lopes
- Mimi Santos
- Pablo Aparício Resco
- João Ribeiro
- Patrícia Machado
- Martino Correia
- César Figueiredo